Atualmente existe uma crença e preocupação da população com o H. Pylori positivo. A ideia desse texto é explicar o que é, quando deve ser tratado e os riscos se não for tratado. O H. pylori ou Helicobacter pylori, é uma bactéria que se aloja no estômago, onde prejudica a barreira protetora e estimula a inflamação, podendo provocar sintomas como dor e queimação abdominal, além de aumentar o risco para o desenvolvimento de úlceras e câncer. É uma bactéria que infecta cerca de dois terços da população mundial. Geralmente ela não causa sintomas, mas é responsável pela maioria das úlceras gastroduodenais, além de causar várias outras doenças.
Esta bactéria normalmente é identificada durante o exame de endoscopia, através de uma biópsia ou através do teste da urease, que são os métodos mais comuns para a detecção da bactéria.
A H. Pylori é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um agente cancerígeno. No entanto, é importante ressaltar que ter a bactéria no estômago não significa necessariamente que a pessoa terá câncer.
Entretanto, nem todos que apresentam Helicobacter Pylori devem ser tratados. Entre as indicações de tratamento aceitas atualmente podemos citar as seguintes: úlcera gastroduodenal, gastrite histológica intensa, história pessoal de câncer gástrico, parentes de primeiro grau de pacientes com câncer gástrico, linfoma MALT gástrico, anemia por carência de ferro sem causa aparente, púrpura trombocitopênica idiopática, uso crônico de com anti-inflamatórios, dispepsia funcional e o desejo do paciente de ser tratado.
Caso os pacientes não apresentem sintomas podem ser tratados caso deseje. Não necessariamente todo mundo que tem gastrite e úlcera tem sintoma da dor. O paciente pode estar com seu estômago inflamando mesmo que não perceba. Essa inflamação crônica ao longo dos anos aumenta a probabilidade de você desenvolver câncer de estômago.
Alguns pacientes mesmo após realizado tratamento com antibióticos mantém a inflamação pelo H. Pylori positivo. Nesses casos, devem retornar ao médico para receitar uma nova classe de antibióticos. Durante o tratamento deve-se evitar o uso de álcool e de alimentos que ataquem diretamente o estômago, como condimentos, frituras, excesso de embutidos. Vale lembrar que pacientes gestantes não devem tratar o H. Pylori com antibióticos durante a gestação. Além disso, deve-se sempre ficar atento a algumas reações alérgicas aos medicamentos devem substituir de acordo com cada paciente.
Dr. Felipe Rossi CRM 142.064